28 de novembro de 2006


Luz Negra

O anoitecer chega e a chuva não para
Pedaços de uma vida se desfazendo
Em tormenta, desalento e angústia.
Dias que nascem e morrem em dor

A terra úmida se decompõe em lama
O frio só aumenta a tristeza mórbida
O gosto ocre do sono amargo pesa
E folhas mortas se juntam nos olhares

Nunca mais violetas com o azul do céu
Em seus versos ela sofria em silêncio
O último poema ela o fez a luz negra
Descrevendo as estações da solidão

E quando terminou restou o vazio
Falhou o amor e falhou a compreensão
E a noite seu olhar molhado sorria
Mesclado a soluços e lágrimas

A dor a levou para os braços do suicídio
No final pronunciou em silêncio sua fuga
E em seu pedido de socorro ela escreveu:
Amor proteja-me dos salmos

Em nenhum templo quero entrar
Nenhuma maldição quero levar
Não chore, proteja-me das velas.
Não chore, te esperarei no Éden

Por: Supernova

No Brasil a cada ano 4,5 entre 100 mil habitantes cometem suicídio.
Esta semana vi as fotos da menina que se suicidou num Shopping
aqui de Brasília e de alguma forma aquelas imagens mexeram comigo...


Within Temptation - Memories

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