31 de dezembro de 2010

Supremo - completo

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Volume 04: Era Moderna, baixe aqui


Gênio que é gênio faz coisas que, aparentemente, são impossíveis para o ser humano comum. Alan Moore é assim. Pegar um personagem que é um plágio descarado, criado por um "artista" medíocre chamado Rob Liefeld e transformá-lo em um clássico dos quadrinhos é algo que apenas um gênio poderia fazer. Alan Moore já havia feito algo parecido, quando reformulou o obscuro personagem Marvelman (Miracleman), por coincidência, um personagem que também era plágio de um outro. Ou seja, além de criar obras-primas como Watchmen, V de Vingança, Do Inferno, Liga Extraordinária e outros, Moore ainda é o salvador da pátria para outros personagens que, de outra forma, cairiam no esquecimento.


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Volume 03: A Era de Bronze, baixe aqui


Eu não conhecia o personagem criado por Rob Liefeld e, na verdade, sempre me mantive longe de tudo que o mesmo tivesse feito. Mesmo quando Supremo passou para as mãos de Alan Moore, ainda demorou muito para que aportasse por estas terras e, quando aconteceu, foi um verdadeiro desastre. A editora (se é que podemos chamar assim) que se propôs a publicar toda a fase áurea do personagem, em terras brasileiras, era ninguém menos que a famigerada Brainstore. Famosa pela má qualidade de impressão, a editora já destruía graficamente por aqui importantes revistas como Hellblazer, Preacher, Lobo, Lúcifer, entre tantas outras.


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Volume 02: A Era de Prata. Baixe aqui


Assim, quando vi, em uma comic shop, o primeiro volume de Supremo, fiquei empolgado de início, mas ao folhear, quis matar quem assassinou a obra de Moore. Páginas foscas, com uma arte comprometida, me fizeram desistir, mesmo que a muito custo, de comprar a revista. Isso sem falar no preço, que era uma piada diante da qualidade. Era uma piada impagável e sem graça. No fim das contas a editora faliu antes de publicar todos os quatro volumes e, se não me engano, publicou apenas dois. Novamente Supremo caía no limbo editorial brasileiro, onde poderia fazer companhia a muitos títulos da Vertigo.

Mas, se não pode vencê-los, leia espanhol. É, essa é a verdade. Eu estava num frenesi tão grande para saber mais sobre a visão de Alan Moore sobre o Super-Homem, aplicada um personagem no qual ele teria toda liberdade criativa, que acabei por encontrar scans em uma língua que eu poderia entender na medida do possível: espanhol.

O fato é que, fazer scans é mais fácil, para mim, do que LER scans. Não sei se se dá com todos os scansmen, mas eu não sou de ler muitos scans, devido ao tempo que me toma em frente ao computador. Mas, como Supremo parecia fadado a não ser publicado aqui, comecei a ler todos os volumes em espanhol, mesmo sem dominar o idioma. E consegui entender!


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Volume 01: A Era de Prata, baixe aqui


Portanto, eu já não pensava mais em Supremo quando, para minha grata surpresa, uma editora bem melhor que a supracitada, resolveu publicá-lo aqui, salvando-o do esquecimento: a Devir. Não demorou muito até que todos os quatro volumes fossem publicados e ainda hoje podem ser encontrados pelas lojas virtuais da vida, muitas vezes em promoção. O preço médio de cada um, originalmente, era de uns 45 reais, se não me engano. Uma obra que vale a pena ter, para fazer companhia a tantas outras do bruxo de Northampton, ou seja lá de que cidade inglesa ele seja.

Alan Moore faz um Super-Homem para quem gosta dele e para quem não gosta. Junta todos os clichês do super-herói e os eleva a uma escala que não poderia se estivesse escrevendo para a DC Comics. Brinca com a "realidade" do mundo dos quadrinhos e ainda ironiza colocando o alter ego de Supremo, Ethan Crane, trabalhando com quadrinhos e enamorado de uma colega da mesma editora, Diana Dane.

Além das analogias a Clark Kent e Lois Lane, estão lá também referências a Lana Lang, Smallville, Lex Luthor, Superboy, Legião de Super-Heróis, entre tantas outras. Todas elas exploradas ao máximo pelo escritor supremo, Alan Moore.

Scans by F.A.R.R.A./Rapadura Açucarada

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