16 de setembro de 2005




Tormenta

Do desejo nato do coração nasce do ciúme a tormenta
Nasce a solidão constante acompanhada de abraços e beijos
Nasce a infidelidade, o sol e todas as tempestades!
E os que sonham começam a ter pesadelos
Quando num empurrão se deparam com a felicidade

Do amor que nunca tem dono
Das manhãs douradas que morrem ao meio dia
A tarde adormece de cansaço o sol
E a luz da alma

O desespero que nos fita a sombra da esperança
Transbordam dos cálices vaginais as almas dos homens santos
Toda a luxuria e amor bebidos a um só gole de desespero
O fogo queima de desejos os espíritos dos mortais
Levando para o tumulo o sorriso das amantes

Meu deus me mate, queime meu sangue, sou um infeliz nunca pequei...!
Assim penso que aqueles que se dedicam a salvar almas,
orem a noite com seus corpos sobre os travesseiros.
Quero minha poesia limpa, apenas com o sorriso da mulher que amo!
Mas nunca quero imaginar onde ela tem colocado sua boca,
pois é assim nosso desejo, cego até o último momento
A inveja do mundo já não nos acompanha
A felicidade morta sangrando no seu coração

Olhem o céu vejam como ele está limpo,
pois nunca foi tocado pela mão do homem.
Porque será que nas igrejas por ande andei
nunca vi um canto que me fizesse superior
Se formos feitos a imagem do criado
Será que o amando serei também amado
a imagem dos amores da terra, contudo vejo,
que o amor não foi criado a sua semelhança!
Vou colocar flores mortas nos braços da minha amada
para mergulhar sua alma na infinita ingratidão divina.

Depois de tanto tempo buscando ainda continuo a procurar meu lugar
Ainda procurando quem têm braços sedosos que possam me emprestar
Será que o amor foi herdado do criador ou o criamos
E se o criamos onde então está o amor do criador
E onde esta meu direito de ser amado
Tanto quanto tenho amado!?

Supernova

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